domingo, 5 de agosto de 2012

Parto humanizado


Hoje eu e os bebês participamos da Marcha pela humanização do parto.
A princípio eu não sabia se tinha “direito” de ir, porque como meu parto não foi em casa, dentro de uma banheira, com direito a água quente, doula, massagem etc eu cheguei a pensar que ficaria meio fora do contexto.
Mas, pensando em toda essa questão de parto normal, parto “anormal”, da legalização da assistência ao parto domiciliar (que foi o motivo da Marcha) e de como foi o meu parto, eu passei a me sentir não só no direito, mas também no dever de participar.
Simplesmente porque pra mim, parto humanizado MESMO é um processo e não uma escolha.
Ele começa no pré natal, quando a gente recebe as informações, tira as dúvidas, se sente amparada e segura nesse período tão ímpar no qual nosso corpo se doa inteiramente para um novo ser.
E segue por todas as consultas, nas quais a gente conversa com nosso médico, expõe nossas vontades, desejos, medos e vai estreitando os laços de confiança.
Ele é todas as escolhas que a gente faz pra ser melhor: começar a fazer yoga, dança, pilates, meditação, ler todos os livros sobre gravidez, ouvir músicas de ninar, descansar, fugir dos noticiários, não brigar, não ficar nervosa, comer bem, dormir bem, escolher o nome, fazer o enxoval, sonhar, sonhar, sonhar, chorar, chorar, chorar, sorrir, sorrir, sorrir.
Ele é um planejamento com plano A e plano B, por isso nele não existe frustração, só realização.
E esse parto humanizado que eu defendo e acho que todas as futuras mamães tem o direito de ter.

Pe e Vale rodeando os apetrechos do teatro

Hora do mamaço: coisa mais linda

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